
Você acabou de sair da mesa, mas em vez de se sentir satisfeito, tudo o que sente é um desconforto insistente no estômago, aquela sensação de peso, estufamento e até queimação. Se você conhece esse quadro, sabe bem o que é a má digestão – um incômodo que pode transformar uma refeição prazerosa em horas de mal-estar. E o pior é que pode surgir mesmo quando você acha que se alimentou direitinho.1
A verdade é que a dispepsia, como também é chamada, é mais comum do que parece e pode ter causas que vão muito além de exageros pontuais na comida. Em alguns casos, pode sinalizar problemas mais sérios no sistema digestivo, que merecem atenção. 2
A seguir, você vai descobrir as causas mais comuns da má digestão, quais sintomas exigem cuidado, os tipos de dispepsia, como tratar e até mesmo se aquele famoso “truque” com bicarbonato funciona ou não de verdade. Boa leitura!
Resumo:
- A má digestão é o desconforto no estômago que se manifesta na porção superior do abdômen e, geralmente, ocorre pouco tempo após as refeições;2
- O mal-estar acontece ao comer rápido demais, fazer refeições muito volumosas ou ingerir alimentos processados e/ou gordurosos;1
- O sintoma pode estar presente em quadros de úlceras pépticas, refluxo gastroesofágico e esvaziamento gástrico atrasado, entre outros;1
- O tratamento conta com fármacos de suporte para aliviar os sintomas, como antiácidos e inibidores da bomba de prótons.1,2
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A má digestão é a sensação de dor e desconforto no estômago e na porção superior do abdômen. Geralmente, a condição se manifesta durante ou após as refeições, inclusive, há casos em que os hábitos alimentares são responsáveis diretos pelo mal-estar digestivo. 2
Por exemplo, comer em demasia ou muito rápido, não mastigar apropriadamente a comida, ingerir bebida alcoólica próximo à refeição ou, ainda, montar um prato apenas com ingredientes pesados, ultraprocessados e/ou gordurosos. 2
Assim como a azia, a dispepsia, como também é chamada, não é uma doença específica. Em geral, acompanha distúrbios alimentares ou gastrointestinais variados. A exceção a essa regra fica por conta da dispepsia funcional, na qual não é possível determinar a origem da indigestão. 3
Quais os sintomas de má digestão?
Os sintomas dividem-se entre os mais comuns e as manifestações menos frequentes. No primeiro grupo, estão 1,2:
- dor na parte superior do abdômen;
- desconforto estomacal;
- saciedade precoce;
- gases;
- queimação;
- empachamento pós-prandial (sensação prolongada de que há alimentos no estômago).
A queimação e a dor abdominal são sinais recorrentes e, geralmente, causam sensibilidade logo abaixo do esôfago. Em todo caso, o desconforto estomacal pode ter relação com uma irritação ou inflamação na mucosa do trato digestivo.1,2
Outro ponto importante é que, conforme a intensidade dos sintomas, a pessoa pode sentir saciedade precoce. Ou seja, antes de consumir a quantidade de comida que costuma, já se sente cheio e não consegue engolir mais nada. 1,2
Simultaneamente, pode apresentar o que se chama de empachamento pós-prandial. Esse é o nome “oficial”, e excessivamente elaborado, da impressão que há restos de alimentos no interior do estômago, muito tempo após terminar as refeições. 1,2
Sintomas menos comuns de dispepsia
Além do mal-estar comum da dispepsia, há casos em que os sintomas atingem outras partes do trato digestivo e, ainda, atacam o estômago. Entre os destaques, estão 1,2:
- falta de apetite;
- náusea e vômito;
- eructação (arroto);
- constipação (intestino preso);
Qual a diferença entre má digestão e azia?
Azia e má digestão são sintomas que costumam ter relação, mesmo que tenham suas particularidades. Enquanto a indigestão se caracteriza, principalmente, pela dor e sensação desconfortável de estufamento no estômago, o sintoma principal é a sensação de ardência e acidez no início da região epigástrica. 2,3
A azia é a queimação contínua na entrada do estômago, frequentemente associada ao refluxo e ao ardor entre a boca do estômago e a porção inferior do esôfago. Apesar de irradiar pelo sistema digestivo, o foco do desconforto está localizado entre o pescoço e o esterno, osso do tórax que fica à frente do coração. 3
Desse modo, o ardor é mais embaixo, no caso da dispepsia. Ao observar como o quadro se manifesta, você pode perceber que a maioria dos sintomas impacta o estômago e/ou os intestinos. Assim, a queimação no esôfago é pouco predominante nessas situações. 2
O que causa má digestão?
A dispepsia pode ter relação com outras doenças do sistema digestivo. Logo, as principais causas são 1:
- câncer gástrico ou esofágico;
- doença celíaca;
- isquemia coronariana;
- esvaziamento gástrico lento;
- uso inadequado de medicamentos;
- espasmos esofágicos;
- doença do refluxo gastroesofágico;
- doença ulcerosa péptica.
Quais os tipos de dispepsia?
Existem duas classificações principais de dispepsia4:
- dispepsia orgânica;
- dispepsia funcional.
Entenda!
Dispepsia orgânica
A dispepsia orgânica é a manifestação secundária dos sintomas. Ou seja, é uma condição que tem relação com lesões ou problemas gastrointestinais específicos, como a úlcera péptica, o câncer no estômago, a doença celíaca e a doença do refluxo gastroesofágico. 4
Dispepsia funcional
A dispepsia funcional apresenta os mesmos sintomas que a orgânica; no entanto, não há uma doença orgânica associada. Significa que não existe um quadro primário que explique os sintomas. Além disso, seu diagnóstico costuma ocorrer apenas se o paciente apresentar o quadro, pelo menos, 12 vezes em um período de um ano. 4
Quanto tempo dura a má digestão?
Estudos de caso indicam que os episódios isolados podem durar de 10 minutos a 2 horas, e podem apresentar recorrência ao longo dos dias da semana. Geralmente, a condição costuma ir e vir por semanas ou meses. 5
Como aliviar os sintomas de má digestão?
Antes de qualquer medicação, se você quer se livrar dos sintomas, é essencial adotar hábitos alimentares mais saudáveis. Nesse contexto, as principais recomendações são 1,6:
- comer mais devagar e mastigar bastante os alimentos;
- evitar o consumo em excesso de alimentos gordurosos e frituras;
- não beber excessivamente enquanto come, especialmente bebidas alcoólicas;
- fazer refeições menores e em intervalos mais curtos, se possível;
- incluir todos os grupos alimentares na dieta do dia a dia, como verduras, cereais, pães, fontes de carboidratos e proteínas;
- evitar o consumo de fast food e comidas industrializadas/ultraprocessadas;
- adotar moderação no consumo de cafeína e refrigerantes;
- tomar um antiácido para lidar com sintomas esporádicos de azia e má digestão.
Em quadros de menor intensidade, esses hábitos podem ser o bastante para prevenir episódios de dispepsia.
O que é bom para má digestão?
Saber o que é bom para má digestão é essencial para tratar os sintomas; no entanto, é necessário identificar a doença que deu origem ao quadro. Para o alívio de sintomas de acidez, irritação, refluxo e queimação, os medicamentos mais eficazes são os inibidores de bombas de prótons, os bloqueadores H2 (agente citoprotetor) e os antiácidos, como tratamento de suporte. 1,4
De qualquer forma, para fazer os exames necessários e fechar um diagnóstico adequado, além de obter remédios com prescrição, nossa dica é procurar um clínico-geral ou médico especialista do trato gastrointestinal. 1,4
Quando não há indícios claros de uma condição clínica, pode ocorrer a dispepsia funcional. Muitas vezes, essa variação se dá por fatores emocionais e psicológicos, como em transtornos de estresse, depressão e ansiedade. Assim, é uma boa ideia procurar um psicólogo ou psiquiatra. 1,4
A seguir, saiba como usar bicarbonato para má digestão e entenda se a substância ajuda a aliviar o desconforto!
Como usar bicarbonato para má digestão?
Você pode usar o bicarbonato de sódio para aliviar sintomas pontuais, como azia, queimação e estômago pesado. A forma mais comum de uso é dissolver meia colher de chá (cerca de 2,5g) do pó em um copo com 200ml de água e ingerir a solução logo após o preparo. 7,8,9
O alívio costuma ser rápido, pois o bicarbonato age na neutralização do excesso de ácido presente no estômago. Recomenda-se a solução para episódios agudos, especialmente após refeições mais pesadas, ou quando os sintomas aparecem. 7,8,9
Apesar da eficácia, não use o bicarbonato por vários dias seguidos, pois o consumo em excesso pode deixar o sangue alcalino demais, o que causa um desequilíbrio no organismo, conhecido como alcalose. Além disso, o uso contínuo pode esconder problemas gástricos mais sérios e, assim, dificultar o diagnóstico adequado. 7,8,9
Em casos de sintomas frequentes ou se houver condições como diabetes descontrolada ou doença renal, é essencial buscar orientação médica antes de usar o produto. 7,8,9
Remédio para má digestão: alivie os sintomas com Estomazil!
Estomazil é um remédio para má digestão e azia, disponível em diferentes versões para tratar o desconforto estomacal relacionado à acidez com rapidez e eficiência. Conheça a linha completa:
- Estomazil efervescente: versão tradicional do antiácido em pó efervescente, disponível em sachês individuais ou frascos de 100g. É ideal para reduzir a acidez e aliviar o mal-estar estomacal, basta dissolver em um copo de água e tomar;
- Estomazil em pastilhas mastigáveis: a versão mastigável, que contém carbonato de cálcio, hidróxido de alumínio e hidróxido de magnésio, ideal para levar Estomazil com você em qualquer lugar, sempre à mão se precisar de um antiácido prático e eficiente;
- Leite de magnésia Estomazil: para aliviar azia, indigestão e prisão de ventre, este Leite de Magnésia funciona tanto como antiácido quanto laxante suave, conforme a dosagem que ingerir e a sua necessidade.
Estomazil. Pó e Granulado efervescente. bicarbonato de sódio, carbonato de sódio e ácido cítrico. Indicações: alívio da azia, má-digestão e mal-estar, medicação antiácida. MS 1.7817.0039. Comprimido mastigável. carbonato de cálcio, hidróxido de alumínio e hidróxido de magnésio. Indicações: tratamento da acidez estomacal, dor de estômago, indigestão, epigastralgia, queimação, azia, má digestão e esofagite péptica. MS 1.7817.0094. Referência consultada: Bula do produto Estomazil. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Maio/2025.
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