
A busca por métodos eficazes para melhorar a saúde, perder peso ou simplesmente ter mais disciplina alimentar faz com que muitas pessoas considerem o jejum intermitente como uma opção ¹.
Porém, embora esteja em alta nas redes sociais e na mídia, é fundamental entender que essa prática não é uma dieta milagrosa nem deve ser seguida sem acompanhamento profissional ¹.
O que funciona bem para uma pessoa pode não ser adequado para outra. Afinal, o corpo humano é único. Fatores como histórico de saúde, estilo de vida e necessidades nutricionais devem ser levados em consideração antes de adotar qualquer estratégia alimentar ¹.
Neste conteúdo, você vai entender o que é jejum intermitente, como funciona, quem pode ou não praticar e quais são os possíveis benefícios e riscos.
Resumo
- Jejum intermitente é uma estratégia alimentar que alterna períodos programados de jejum com janelas de alimentação. Não é uma dieta com restrição de alimentos específicos, mas sim um padrão que define quando comer e quando ficar sem ingerir calorias, com o objetivo de regular o metabolismo ¹.
- Na prática, em alguns horários a pessoa não consome calorias, apenas água, chás ou café sem açúcar. Existem diferentes protocolos, como 16 horas de jejum e 8 horas de alimentação. Essa pausa ajuda o corpo a usar reservas energéticas, equilibrar hormônios e potencialmente facilitar a perda de peso ².
- O jejum pode ser feito por adultos saudáveis, sem histórico de doenças crônicas graves. Não é indicado para gestantes, lactantes, crianças, adolescentes em fase de crescimento ou pessoas com distúrbios alimentares. Antes de iniciar, é fundamental buscar orientação de um profissional de saúde ³.
- Os benefícios incluem possível perda de peso, melhora na sensibilidade à insulina e controle de inflamações. Porém, há riscos, como hipoglicemia, tonturas, compulsão alimentar após longos jejuns e impactos emocionais ³.
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O que é jejum intermitente?
É uma estratégia que alterna intervalos de jejum com períodos de alimentação. Não se trata de restringir tipos específicos de alimentos, mas de definir quando comer e quando não se alimentar ¹.
Na prática, organiza a rotina nutricional em “janelas” de jejum e alimentação, com horários determinados ¹.
Como funciona o jejum intermitente?
O funcionamento se baseia na alternância entre dois estados: o de jejum e o de alimentação. Durante o jejum, o corpo usa reservas energéticas, principalmente gordura, como fonte de energia, pois não recebe calorias externas. Já no período de alimentação, o organismo repõe nutrientes e energia ¹.
Existem diferentes métodos de jejum, como ²:
- protocolo 16/8: 16 horas de jejum e 8 horas para se alimentar;
- método 5:2: 5 dias com alimentação normal e 2 dias de restrição calórica;
- jejuns de 24 horas em dias alternados.
Cada protocolo tem suas especificidades e deve ser ajustado de acordo com as necessidades e limitações individuais, sempre sob orientação de um nutricionista ou nutrólogo ².
É fundamental lembrar que cada corpo reage de forma diferente ao jejum intermitente. Algumas pessoas relatam mais disposição e controle do apetite, enquanto outras podem sentir fraqueza, tonturas ou dificuldade de concentração ².
Por isso, é indispensável ter acompanhamento médico ou nutricional antes de adotar essa prática ².
Quem pode fazer jejum intermitente?
Essa estratégia alimentar não é indicada para qualquer pessoa. Em geral, adultos saudáveis podem jejuar, desde que acompanhados por um profissional de saúde ³.
Por outro lado, não se recomenda a prática para ³:
- crianças e adolescentes em fase de crescimento;
- gestantes e lactantes;
- pessoas com histórico de distúrbios alimentares, como anorexia ou bulimia;
- indivíduos com condições de saúde específicas, como diabetes tipo 1, hipoglicemia frequente ou doenças que exigem alimentação regular;
- pessoas em tratamento para doenças crônicas sem liberação médica.
Cada organismo tem suas necessidades nutricionais e energéticas. Por isso, seguir o jejum sem avaliação individualizada pode trazer riscos à saúde ³.
Quais são os benefícios e os riscos do jejum intermitente?
Entre os benefícios mais citados do jejum intermitente está a possibilidade de perda de peso, já que a restrição de horários pode ajudar a reduzir a ingestão calórica diária 2, 3.
É possível também que haja melhora na sensibilidade à insulina, o que ajuda a controlar o açúcar no sangue, reduzir marcadores de inflamação e favorecer a saúde cerebral 2, 3.
No entanto, é essencial lembrar que esses efeitos variam de pessoa para pessoa e ainda são alvo de muitos estudos. Além disso, os possíveis riscos não podem ser ignorados 2, 3.
Riscos do jejum intermitente
O jejum intermitente pode provocar episódios de hipoglicemia (queda do açúcar no sangue), especialmente em pessoas que já têm predisposição. Também pode causar tonturas, fraqueza e dificuldade de concentração 2, 3.
Outro risco é o desenvolvimento de distúrbios alimentares, já que o padrão de restrição pode estimular episódios de compulsão fora do período de jejum 2, 3.
Deve-se considerar também o risco de deficiências nutricionais, caso a alimentação durante a janela de consumo não seja balanceada e variada 2, 3.
Por isso, mesmo que existam benefícios potenciais, o jejum precisa ser encarado com cautela. A supervisão de um médico ou nutricionista é indispensável para garantir que a prática seja segura, personalizada e alinhada aos objetivos de cada pessoa 2, 3.
O jejum intermitente, quando bem orientado, pode fazer parte de uma estratégia de saúde, mas não é uma solução única ou milagrosa 2, 3.
Informar-se bem, respeitar os sinais do corpo e buscar ajuda profissional são passos fundamentais para qualquer mudança alimentar.
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